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por Too Seguros 18 dez 2020 - 9 Min. de Leitura

Quem tem a oportunidade de comprar um carro zero evita se descuidar da manutenção. Afinal, se não levar o veículo para fazer as revisões corretamente na concessionária, pode perder a garantia de fábrica. Mas e quando o veículo é um seminovo? Não dá para agir como se não tivesse nada a perder, né? A manutenção dos usados é fundamental para não ficar na mão quando menos se espera.  

O jeito mais seguro para carros usados não causarem aquela dor de cabeça ou despesa fora de hora é manter a mecânica em dia.

“A dica realmente efetiva para isso é ter um mecânico de confiança, que seja honesto, capacitado e eficiente” 

afirma Douglas Palma, diretor do IQA, Instituto de Qualidade Automotiva.

A boa notícia é que atualmente não é preciso contar apenas com a sorte para encontrar boas oficinas. Além dos amigos, órgãos como o IQA ou o Sindirepa, Sindicato de Reparação de Veículos e Acessórios, também oferecem recomendações. “São órgãos que certificam as oficinas. Assim, o dono do carro sabe que elas foram auditadas, que tiveram um acompanhamento e cumpriram uma série de normas para conseguirem o certificado – desde normas técnicas e administrativas, até ambientais”, completa Douglas. 

Como saber que tipo de manutenção deve ser feita no carro usado? 

O manual do automóvel é o principal indicador do que deve ser observado e do momento certo para fazer a manutenção preventiva, de acordo com o tempo de uso e/ou a quilometragem rodada. Por isso, o primeiro passo é ficar atento às recomendações que estão indicadas nele. 

Mas, além de seguir o manual, é importante prestar atenção ao funcionamento do carro usado no dia a dia. Apesar das manutenções estarem previstas, alguns itens podem pedir cuidados fora do tempo estimado. Isso porque as condições de uso interferem diretamente no desgaste do veículo.  

“Não se deve adotar a postura do ‘enquanto o carro está rodando, está bom’. Ele segue andando, mesmo. Até que para de vez. Só que dificilmente o carro quebra sem dar um aviso, um sinal antes. Então, é preciso notar como ele se comporta e não ignorar mesmo as mudanças pequenas”, diz o diretor do IQA. 

Tem mais leitura por aqui: Como saber se o seu carro está com problemas na suspensão?

Quais itens checar ao fazer a manutenção de carros usados? 

Saber o histórico do carro é essencial para tomar algumas decisões sobre a manutenção. Se o veículo sempre esteve com você ou foi comprado de alguém de confiança e você sabe que primeiras revisões foram feitas adequadamente, fica mais fácil mantê-lo em dia.  

Um exemplo prático. O motor e o óleo estão entre os itens que pedem mais atenção. Por isso, é preciso acompanhar o nível do lubrificante. Quando ele está baixo, até é possível completar. Mas se você tiver comprado o carro há pouco tempo e não tiver certeza sobre a especificação do óleo que está no reservatório, é melhor fazer a troca completa para a manutenção de carros usados. 

Além do óleo do motor, também é preciso checar com frequência os outros fluidos do carro, como o do líquido de arrefecimento e o fluido de freio. É importante ficar de olho nesses itens quando se tem um carros usados!

“Às vezes, a pessoa diz que completou o fluido do freio. Mas é preciso entender a perda. Quando há algum vazamento, o freio ainda funciona. Mas o motorista consegue perceber que o pedal fica mais baixo, ou seja, que precisa pisar mais para o carro frear. Aí, é preciso fazer o reparo. Se continuar vazando, uma hora o fluido acaba e, aí, o freio vai falhar”, explica Douglas. Além do fluido do freio, verifique os discos e as pastilhas, também.  

Tem mais leitura por aqui: Conheça o Seguro Garantia Mecânica

Não rode murcho 

Coloque em seu checklist a inspeção frequente dos pneus. Veja se não há danos, bolhas e se o indicador de desgaste (TWI), o relevo que fica entre os sulcos de borracha, não está no mesmo nível do restante da banda de rodagem. Faça a substituição se notar alguma dessas características em carros usados. 

Essa não é uma dica de manutenção para carros usados, e nem vale apenas para carros seminovos, mas para conservar o pneu e descobrir se há algo errado com ele: procure calibrá-lo de acordo com a recomendação do fabricante sempre que for abastecer. 

Rodar com ele murcho ou muito cheio pode ser prejudicial e afetar até o consumo de combustível. Além disso, procure fazer o rodízio, trocando a posição dos pneus, e o alinhamento. 

Por fim, peça o check-up de todo o sistema de suspensão e a verificação das condições dos amortecedores. Essa parte da mecânica é essencial para que o carro rode com estabilidade. 

Tenha mais tranquilidade e segurança com seu carro usado 

Mesmo com todos esses cuidados, nem sempre é possível evitar problemas. “Tem algumas coisas que acontecem fora de hora e não são por mau uso do carro ou descuido. Pode ter uma peça que deve ser trocada aos 60.000 km, por exemplo. Mas quando o mecânico faz a análise, vê que ela não vai aguentar até lá. Por isso, é importante fazer a manutenção periódica em um lugar de confiança”, afirma Douglas Palma, diretor do IQA. 

Se você está planejando comprar um carro usado, uma boa pedida pode ser levar seu mecânico para fazer uma inspeção geral antes de fechar o negócio. Para redobrar a segurança, você pode pesquisar sobre seguros específicos para carros usados.

Na Too Seguros, por exemplo, existe o Seguro Garantia Mecânica, que cobre falhas que podem ocorrer em algum componente mecânico ou elétrico. Essa modalidade de seguro cobre modelos com até oito anos de vida e tem um preço fixo. 

“Nem sempre você tem como saber a procedência do carro, né? Então, o seguro dá uma garantia para o lojista e até cobre a garantia que ele tem de dar ao cliente, de motor e câmbio. Além de deixar o comprador tranquilo”

explica Maurício Correia Leite, analista de sinistro da Too Seguros.

Ou seja, o seguro convencional cobre colisão, roubo, furto… Pode até dar alguma assistência. Mas não cobre peças. Esse é o diferencial.

Marcelo conta que os tipos de acionamentos mais comuns são, justamente, de alguns dos itens que pedem mais atenção: motor, câmbio e suspensão. “A vantagem é que se o carro apresentar um problema mesmo com a manutenção em dia, o segurado não vai ter de gastar muito no conserto”, diz.  

Ele ainda dá um exemplo: recentemente, acompanhou o caso do dono de um Voyage 2016, que estava com 91.500 km rodados e teve um problema no motor. “O reparo ficou em R$ 5.999, sendo que o preço do carro foi calculado em R$ 36.600, pela tabela Fipe. Ou seja, o reparo chegou a cerca de 15% do valor do carro. Com o seguro, o proprietário não precisou arcar com esse custo”, finaliza. 

Seguro Garantia Mecânica: mais segurança ao comprar um veículo novo ou seminovo!
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